Velocidade é imperativo na vida cotidiana. O tempo de que dispomos para realizar todos os nossos afazeres é sempre pouco. A meta de oferecer aos nossos filhos as melhores condições de vida fundamenta nossa correria e acalma nossa consciência.
Trabalhamos muito convencidos de que nosso papel heróico é importante para a real felicidade dos rebentos, todavia, distanciamo-nos, cada dia um pouco mais, da educação e dos cuidados das crianças e adolescentes.
Na verdade, terceirizamos nossa função e nosso privilégio de pais às avós, babás e tantos outros agentes sociais, deixando com que os filhos cresçam e se desenvolvam alheios a nós, ausentes de pais.
Dizemos não ter tempo. Será? Não temos tempo ou a educação dos filhos não nos parece prioridade inconteste?
Se analisarmos, temos tempo para fazer as unhas, acompanhar as novelas, assistir aos jogos de futebol, para fazer um happy-hour com os amigos. Concluindo, conseguimos tempo para realizar afazeres que nos agradam e “deixamos para depois” as tarefas que desgastam, pois educar filhos não é tão fácil nem parece prazeroso.
Interessar-se pela vida escolar, querer conhecer os colegas, saber sobre as dificuldades de aprendizagem e propor ajuda ao filho pode ser tedioso, como também é desgastante negar determinadas solicitações e administrar suas conseqüências: reclamações, cara feia, choros, entre tantas outras.
Chegar em casa, após um extenuante dia de trabalho, e desejar conversar sobre os acontecimentos do dia ou ouvir as lamúrias (injustificáveis para nós), esgota nossa paciência. Levantar-se da comodidade do sofá para mediar uma discussão entre irmãos é muito desgastante, e tantas vezes preferimos fazer de conta que nada escutamos.
Quando nos damos conta, já é tarde e nossos filhos parecem estranhos a nós mesmos.
Muitos pais, diante de filhos rebeldes, drogados ou insolentes, revelam-me desconhecer os filhos e dizem não saber quando e por que ocorreram mudanças.
Infelizmente, desvendo aos pais que eles, na verdade, nunca conheceram os próprios filhos. Não foram capazes de perceber as mudanças porque estavam distanciados, preocupados em propor-lhes condições favoráveis de vida e tomados por comodidade e covardia.
Devemos abrir nossos olhos para perceber que descumprimos nossos deveres de pais, uma vez que é pela convivência que os ajudamos a construir suas escolhas, qualidades e virtudes, ensinando-lhes sobre amor, sofrimento, desilusões, ganhos, perdas...vida!
Isso dá trabalho e exige muito empenho. Talvez seja uma das tarefas mais complexas do mundo, mas sem dúvidas é das mais honrosas.
Talvez estejamos perdendo tempo e nem percebemos. Vamos “ganhar” tempo com quem mais merece: com os filhos, com os pais, ou seja, com nós mesmos.
Francisca Paris- Sistema Ético
Trabalhamos muito convencidos de que nosso papel heróico é importante para a real felicidade dos rebentos, todavia, distanciamo-nos, cada dia um pouco mais, da educação e dos cuidados das crianças e adolescentes.
Na verdade, terceirizamos nossa função e nosso privilégio de pais às avós, babás e tantos outros agentes sociais, deixando com que os filhos cresçam e se desenvolvam alheios a nós, ausentes de pais.
Dizemos não ter tempo. Será? Não temos tempo ou a educação dos filhos não nos parece prioridade inconteste?
Se analisarmos, temos tempo para fazer as unhas, acompanhar as novelas, assistir aos jogos de futebol, para fazer um happy-hour com os amigos. Concluindo, conseguimos tempo para realizar afazeres que nos agradam e “deixamos para depois” as tarefas que desgastam, pois educar filhos não é tão fácil nem parece prazeroso.
Interessar-se pela vida escolar, querer conhecer os colegas, saber sobre as dificuldades de aprendizagem e propor ajuda ao filho pode ser tedioso, como também é desgastante negar determinadas solicitações e administrar suas conseqüências: reclamações, cara feia, choros, entre tantas outras.
Chegar em casa, após um extenuante dia de trabalho, e desejar conversar sobre os acontecimentos do dia ou ouvir as lamúrias (injustificáveis para nós), esgota nossa paciência. Levantar-se da comodidade do sofá para mediar uma discussão entre irmãos é muito desgastante, e tantas vezes preferimos fazer de conta que nada escutamos.
Quando nos damos conta, já é tarde e nossos filhos parecem estranhos a nós mesmos.
Muitos pais, diante de filhos rebeldes, drogados ou insolentes, revelam-me desconhecer os filhos e dizem não saber quando e por que ocorreram mudanças.
Infelizmente, desvendo aos pais que eles, na verdade, nunca conheceram os próprios filhos. Não foram capazes de perceber as mudanças porque estavam distanciados, preocupados em propor-lhes condições favoráveis de vida e tomados por comodidade e covardia.
Devemos abrir nossos olhos para perceber que descumprimos nossos deveres de pais, uma vez que é pela convivência que os ajudamos a construir suas escolhas, qualidades e virtudes, ensinando-lhes sobre amor, sofrimento, desilusões, ganhos, perdas...vida!
Isso dá trabalho e exige muito empenho. Talvez seja uma das tarefas mais complexas do mundo, mas sem dúvidas é das mais honrosas.
Talvez estejamos perdendo tempo e nem percebemos. Vamos “ganhar” tempo com quem mais merece: com os filhos, com os pais, ou seja, com nós mesmos.
Francisca Paris- Sistema Ético